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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S521-S522, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859726

ABSTRACT

Introdução: Sabe-se que a infecção por SARSCOV2 é notavelmente marcada por fenômenos inflamatórios exacerbados e envolvimento tanto da imunidade inata quanto adaptativa, por meio de respostas imunes complexas. Um dos mecanismos descritos na fisiopatogenia da COVID19 é a formação de NETs (neutrophil extracelullar traps), redes extracelulares de neutrófilos, responsáveis em parte pela injúria tecidual e microtrombos que acometem os pacientes infectados com formas graves de COVID19. A transfusão de plasma convalescente tem sido utilizada como terapêutica alternativa no tratamento da COVID19. Entende-se que o benefício desta terapêutica seria baseado na presença de anticorpos neutralizantes, que seriam capazes de bloquear a progressão da infecção viral. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto na formação de marcadores de NETs em pacientes com formas graves de COVID 19 que receberam transfusão de plasma convalescente. Materiais e métodos: Foram avaliados 55 pacientes com pneumonia grave por COVID19 de acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde, admitidos para tratamento em Unidades de Terapia intensiva em um hospital terciário em São Paulo-SP. Foram coletadas amostras dos pacientes na admissão do estudo (D0= dia da transfusão de plasma convalescente), D5 e na alta hospitalar. Foram mensurados os marcadores de NETs (H3 citrulinado por ELISA (clone 11D3, ELISA, Cayman) e DNA livre pela técnica de PicoGreen (dsDNAAssay Kit (ThermoFisherScientific, EUA) no D0, D5 e alta dos pacientes. As transfusões de plasma convalescente ocorreram entre os dias D0 e D2, em doses de 300 a 600 ml e foram transfundidos plasmas com títulos de anticorpos neutralizantes (NAbsT) superiores a 160, mensurados pela técnica de CPE-VNT (Cytopathic effect-based virus neutralization test CPE-VNT -SARS-CoV-2 GenBank MT126808.1). Foram também mensurados os títulos de anticorpos neutralizantes dos pacientes (NabsP)antes da transfusão de plasma no D0. Os testes realizados para verificar possíveis associações entre títulos de anticorpos transfundidos, características dos pacientes e variação dos marcadores de NETs no D0 e D5 foram correlações de Spearman. Resultados: Verificamos um aumento nos níveis de H3 citrulinado no D0 para o D5 e posterior queda do D5 para a alta, de maneira estatisticamente significativa (p = 0,025). O mesmo ocorreu com os níveis de DNA livre, porém sem significância estatística (p = 0,065). Ao analisar os fatores envolvidos na expressão dos marcadores de NETose do D0 para o D5, não se estabeleceu nenhuma associação entre níveis de anticorpos neutralizantes transfundidos (NabsT) (p=0,714) nem níveis basais de anticorpos produzidos pelos próprios pacientes (NabsP) antes da transfusão do plasma convalescente. Ainda, não encontramos quaisquer associações entre demais variáveis analisadas (idade, peso, escore SOFA Severity Organ Failure Assessment, sexo, presença de comorbidades e início de sintomas até a transfusão) e variação de marcadores de NETose nos pacientes incluídos no estudo. Conclusão e discussão: Nesta análise, a transfusão de plasma convalescente não teve nenhum impacto nos marcadores de NETose de pacientes com formas graves de COVID que receberam transfusão de plasma convalescente. Não se observou nenhuma associação entre anticorpos neutralizantes transfundidos e expressão de NETs entre D0 e D5. Neste estudo, a expressão de NETs durante o curso da doença variou de maneira independente de todas as variáveis estudadas.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S354, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859655

ABSTRACT

Introdução: A pandemia mundial causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) teve impacto importante nos serviços de hemoterapia. O início da pandemia levou a diminuição tanto da demanda transfusional quanto do total de doações de sangue. Entretanto, a manutenção de estoque adequado de hemocomponentes tornou-se crítica quando o aumento no total de unidades transfundidas não ocorreu também no número de doações de sangue. A percepção de risco potencial de contaminação pela COVID-19 levou a uma queda significativa nas doações de sangue. A pandemia teve papel crucial no crescimento exponencial da telemedicina, com o sancionamento, em caráter emergencial, de novas leis regulatórias e expansão das áreas de atuação. No Brasil, a triagem clínica do candidato a doação de sangue é feita de forma presencial, face-a-face. Historicamente, o índice de inaptidão clínica no nosso serviço varia de 18% a 23%. A entrevista feita a distância (teletriagem) evitaria o deslocamento do doador com inaptidão clínica até o banco de sangue. A teletriagem, além de ser uma conveniência bem-vinda ao doador, traz a possibilidade de diminuir o tempo de sua permanência no banco de sangue. Objetivos: Avaliar a viabilidade do uso da teletriagem (triagem por telemedicina) como alternativa a triagem presencial na seleção de doadores de sangue. Materiais e métodos: A data e o horário do atendimento virtual por videoconferência foram agendados pelo candidato a doação e ele foi orientado sobre a necessidade de estar em local com privacidade durante a entrevista clínica. O questionário foi aplicado pelo profissional do banco de sangue também num local com privacidade. O candidato com inaptidão clínica não necessitaria comparecer ao banco de sangue e o candidato apto deveria realizar a sua doação até 7 dias após a teletriagem. No dia da doação, um questionário clínico reduzido foi aplicado, além da aferição dos sinais vitais e determinação do nível de hemoglobina para confirmar a aptidão para a doação. Resultados: Um total de 288 agendamentos para teletriagem foi feito de junho de 2020 a julho de 2021, sendo 153 candidatos a doação de sangue (ST) e 135 a doação de plaquetas por aférese (PQA). A teletriagem não foi realizada por problemas técnicos (áudio ou vídeo) ou ausência de 35 (12%) candidatos. Ao término da triagem clínica, 213/253 (84%) candidatos foram considerados aptos e 40/253 (16%) inaptos a doação. Neste último grupo, 36 eram candidatos a doação de ST e 4 de PQA. Dentre os 213 candidatos aptos pela teletriagem, 190 (89%) compareceram ao banco de sangue e 184 realizaram a doação. O tempo na triagem clínica no dia da doação teve redução de 36% para o doador de ST e 42% para PQA. A experiência com a teletriagem foi considerada positiva e seria indicada por 90% dos participantes. Discussão: O índice de inaptidão entre os candidatos aprovados na teletriagem foi baixo, 6/190 (3%) quando comparado ao índice de 18–23% observado no nosso serviço com a triagem presencial. Portanto, a teletriagem se mostrou eficaz em identificar candidatos com inaptidão clínica e evitar o seu deslocamento até o banco de sangue. Além disso, houve redução no tempo de triagem clínica presencial, o que contribuiu para diminuir o tempo total de permanência do doador no banco de sangue. A taxa de não comparecimento dos candidatos considerados aptos na teletriagem foi de 11% e representa uma oportunidade de melhorar a conscientização do candidato à doação. Conclusão: A teletriagem pode ser uma alternativa viável e uma conveniência bem vinda ao candidato a doação para evitar deslocamento desnecessário e reduzir o tempo de permanência do doador no banco de sangue.

3.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S341, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859645

ABSTRACT

Introdução: Em 2020 o mundo se depara com a maior crise sanitária da história causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Nesse momento de tamanha fragilidade muitos seguimentos foram afetados drasticamente e a necessidade de se reinventar tornou-se crucial. Os serviços hemoterápicos vivenciam uma queda expressiva dos estoques sanguíneos. Em nosso serviço essa redução das doações de sangue foi conduzida dia a dia com menor impacto uma vez que ocorreu, também, a diminuição das transfusões de sangue, porém, desde então não foi possível estabelecer o equilíbrio dos estoques sanguíneos e o cenário transfusional aumentou significativamente causando grande preocupação. Diante dos fatos implementamos a coleta externa como alternativa para suplementar o abastecimento sanguíneo e essa se mostrou uma forte aliada. Objetivos: Avaliar a viabilidade da implementação da coleta externa de sangue como complemento no suporte da manutenção do estoque sanguíneo do serviço de hemoterapia do hospital Albert Einstein. Materiais e métodos: Aperfeiçoamos nossos processos e estrutura para ampliar as coletas nesse modelo. Adquirimos novos equipamentos, aumentamos o quadro de colaboradores, criação de arte para envio aos doadores, desenvolvimento de infográfico para ajudar na comunicação com os critérios de aptidão do doador, implementação do agendamento via site, criação de formulário para visita técnica e check list para averiguação de pendências, além de todos os protocolos de segurança para bloquear o risco de contaminação. Resultados: No período compreendido entre julho 2020 a junho 2021 realizamos um total de 48 dias de coleta externa, em 18 locais diferenciados. Foram triados 2487 candidatos a doação e 1979 bolsas de sangue foram coletadas, 508 candidatos foram inaptos representando 20%. O ganho adicional com a coleta externa durante o período apurado foi de aproximadamente 17%. Nota-se boa adesão por parte dos doadores e uma excelente alternativa para aqueles que evitam realizar doação em ambiente hospitalar. Discussão: A pandemia fez o mundo se reinventar rapidamente e a coleta externa que já era implementada em alguns serviços não fazia parte do nosso dia a dia, assim, com a escassez de doadores direcionamos para esse modelo que tem dado bons resultados. A cada dia estamos aperfeiçoando os processos, realizando ajustes e melhorando toda a operação. A captação de novos locais proporcionará a médio prazo obter informações que ajudará a identificar o perfil de doadores e direcionará a ações mais eficazes. Esse ajuste também trará benefícios em relação ao descarte de produtos. Conclusão: A coleta externa tem ajudado os serviços hemoterápicos a equilibrar seus estoques sanguíneos e tem excelente aceitação por parte dos doadores de sangue. Certamente esse modelo de doação está se consolidando cada vez mais e levará os serviços a reverem suas estruturas.

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